domingo, 4 de março de 2018

O xadrez e a educação - 2

CONTINUAÇÃO -

A utilização pedagógica do xadrez

Em 1993, realizou-se em Curitiba, Paraná, o 1º Seminário Internacional de Xadrez nas Escolas contando com o apoio do Ministério da Educação e do Desporto(MEC). Participaram 15 conferencistas de dez nações: Argentina, Brasil, Colômbia, Cuba, Filipinas, França, Grécia, Itália, Portugal e Venezuela.
Atualmente, de acordo com o levantamento efetuado, o ensino oficial do xadrez escolar está instituído em 45 países.

Na Alemanha, os primeiros esforços voltados para a introdução do xadrez nas escolas datam do século XIX. Em 1985, a Universidade Schiller de Gena criou um curso facultativo com duração de um ano. Os diplomados podem em seguida dirigir os clube escolares de xadrez.
Na Argentina, os 18.000 alunos cursando as 4ª, 5ª e 6ª séries do Estado de Santa Fé recebem um ensino obrigatório de xadrez, sancionado por decreto-lei.

No Canadá, o Ministério da Educação aprovou, em 1984, o programa "Defi-mathématique", composto por seis projetos, dentre os quais "Échecs et Maths". Desta maneira, o xadrez encontra-se integrado ao programa de matemática, no qual uma hora semanal é reservada para o ensino e prática deste esporte. Mais de 45.000 alunos são beneficiados por esta iniciativa.

Um "Plan Masivo de Enseñanza del Ajedrez en las Escuelas Primarias" de Cuba, fruto do trabalho conjunto do Instituto Nacional dos Desportos, Educação Física e Recreação (INDER) e do Ministério da Educação (MINED), foi difundido para os 450.000 alunos da 2ª à 6ª séries.

A "American Chess Foundation", dos Estados Unidos, estipulou como uma de suas metas a introdução do xadrez na escola e, para tanto, vem traduzindo todos os trabalhos que possam subsidiá-la. Todavia, o "National Institute of Education" opõe  uma forte resistência a esta proposta privilegiando os métodos tradicionais. Mas, em razão da descentralização do ensino americano diferentes experiências têm sido levadas adiante.

A partir de 1975, a Universidade Louis Pasteur propõe aos alunos um ensino sobre os aspectos culturais, científicos e técnicos do xadrez. Desde 1976, o Ministério da Educação da França apoia a sua utilização pedagógica nas escolas, atendendo, assim, mais de 200.000 estudantes do pré-primário à universidade.

Uma resolução do Ministério da Educação da Holanda, autorizando a inclusão do xadrez como esporte escolar no currículo de 1º grau durante meia hora semanal, atinge atualmente cerca de 300.000 estudantes. A Universidade Técnica de Budapeste, Hungria, organiza cursos de xadrez a partir de 1987.[

Desde 1943, uma Associação para o ensino de Xadrez está instalada em Londres. Na Inglaterra, o xadrez é ensinado na escola fora do horário de aula, o que o caracteriza como uma atividade desenvolvida em meio periescolar, isto é, inserindo-se no espaço institucional, mas não integrando o currículo.

Na Rússia, em 1966, foi criada a Faculdade de Xadrez no Instituto Central de Educação Física de Moscou. Após quatro anos de estudos sobe a teoria, a pedagogia e a psicologia do xadrez e do esporte os estudantes tornam-se professores no secundário.

No Brasil, a primeira iniciativa em favor do ensino e da prática do xadrez escolar data de 1935. De lá para cá tais experiências multiplicaram-se e diversificaram-se. O quadro atual indica que o xadrez vem sendo gradativamente admitido no campo da educação, predominando como atividade periescolar. Recentemente, em prol da difusão do xadrez nas escolas, o MEC publicou uma cartilha distribuída gratuitamente em cerca de 1.500 municípios do país. (VILLAR, 1993).

CONTINUA

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